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O que achei do livro "Para poder viver" - Yeonmi Park (SEM SPOILERS)

Minhas considerações: ★★★★★       Oi! Hoje eu vou falar (escrever?) sobre um livro que passou o mês de maio e o começo de junho comigo — demorei um mês para ler, mas deixei de lado por algum tempo por causa dos vestibulares (acredito que a leitura seja possível em um dia, apesar de que não recomendaria porque achei algumas partes bem sensíveis).  “Para Poder Viver” (nome original: “In Order to Live”) foi escrito pela norte-coreana Yeonmi Park e narra a história de vida da autora, desde sua infância no reino eremita até a fuga para a China, a Coreia do Sul e, finalmente, os Estados Unidos.        Já adianto que este é um dos meus livros favoritos. Sempre tive curiosidade em relação à Coreia do Norte — afinal, o que acontece do lado de dentro das fronteiras tão bem reforçadas do território de Kim Jong-un? —, portanto “Para Poder Viver” foi, para mim, uma jornada de esclarecimento, informação e conscientização. Do começo ao fim da obra, Park  expõe o funcionamento da ditadura da família K

Abrindo a geladeira (o retorno?)

Você tem deixado seus sonhos guardados?     Recentemente, li e estudei o livro "Histórias Que Os Jornais Não Contam", escrito pelo maravilhoso Moacyr Scliar e selecionado pela banca do vestibular da UEL (que, em minha humilde opinião, tem a melhor seleção de livros dentre as provas deste ano). Durante a leitura, fiquei particularmente encantada — e incomodada — pela crônica "O futuro na geladeira", em que uma mulher deve escolher entre o sonho de sua vida (entrar no curso de Administração) e uma geladeira (já que a dela estragara e o dinheiro não seria suficiente para pagar a inscrição e o eletrodoméstico). No fim (spoiler alert!), os alimentos começam a apodrecer e ela percebe que não pode deixar de comprar a geladeira. Contudo, ela guarda com muita afeição, no fundo da nova geladeira, a garrafa de champanhe que abrirá quando conseguir sua vaga no curso. Pois é.         O dilema da geladeira é, na verdade, uma realidade vivida por todos nós (ao menos a nível me

Coronavírus: mudando os planos

           Acordar cedo, ir à escola, voltar para casa e estudar. Essa é a rotina que planejei minha vida inteira para o ano de 2020: aquele que escolhi como o que determinaria o meu destino para sempre. Depois disso, segundo minhas idealizações das três da manhã, começaria meu novo rumo existencial universitário e então, possivelmente, pós-graduações e cursos no exterior. Inglaterra ou Estados Unidos, pensei. Talvez Canadá (mas e o frio?) ou algum daqueles países europeus muito bem desenvolvidos (que servem como refúgio para qualquer brasileiro com condições financeiras suficientes para esconder sua brasilidade, mudar de país e fingir que a vida no Brasil foi mera ilusão). Desde pequena, quando minha motivação ou inspiração desapareciam, essas ideias eram um lugar seguro e aconchegante que, de dentro do meu cérebro, me faziam continuar.              Assim, 2020 chegou: comprei canetas novas, convenci minha mãe a comprar a mochila que eu queria, fui à escola, voltei para casa e estu

O que você quer ser quando crescer?

     “O que você quer ser quando crescer?”, perguntavam meus tios quando eu tinha quatro anos. Naquela época, algo como a minha profissão parecia tão distante e desinteressante que eu respondia a primeira coisa que me viesse à cabeça. Afinal, eu tinha quatro anos. E assim foi: com quatro, cinco, seis e assim por diante. Hoje eu tenho 14 anos, e, se quisesse, poderia continuar respondendo qualquer coisa ou então repetir “eu não sei” a cada vez que me perguntassem. E mesmo se no fundo do meu coração, bem no fundo, eu já tivesse certeza do curso que eu quero, continuaria repetindo a segunda opção. Por quê? Porque é muito arriscado. É difícil demais dizer isso com convicção. De maneira alguma isso significa que não escolhi o que eu quero de verdade ou coisa assim. É só... complicado.                    Este ano, vou começar o ensino médio e talvez possa ter certeza de algo até o último dia de aula. Ou então, pode ser que eu mude de área e tenha certeza de algo totalmente diferente. No f

Dizem que 2018 vai ser...

       Olá 2018. Novas histórias, novos momentos e expectativas. É difícil me despedir de 2017, já que aquele ano foi tudo para mim. Viajei para os melhores lugares que já fui (até agora), tirei notas melhores que no ano passado (estudando curiosamente menos) e sonhei bastante. 2017 foi (quase) tudo o que faltou em 2016. E, para 2018, espero tudo o que sobrou de 2017 e um pouquinho mais, se possível.         Dois mil e dezoito. Chega a ser difícil de acreditar, sabe? Em anos passados, isso parecia tão distante. Agora, subitamente, me vejo diante de seus desafios e criando expectativas que, se pudessem ser medidas, atravessariam o universo. Cheguei a este ano com uma mentalidade completamente diferente, algo que, por vezes, me assusta. Digo isso porque vejo meus brinquedos, minhas antigas coisas preferidas e uma parte de mim no passado. Eu acordo e não vejo meu carrinho de bonecas encostado na parede, não levo minha coleção de bichinhos de pelúcia para a escola e nem me preocupo com qu

Como vai?

     Sim, eu sei que fazem 84 anos que não posto nada aqui. Sim, eu sei que toda vez que eu "volto" só faço um "update" da minha vida e sumo. But here I go again. Espero, dessa vez, que eu possa voltar com isso aqui. Sinto saudades, isso faz eu me sentir mais importante, mesmo que só um pouco. Mas lá vou eu com um breve update da minha vida. Está tudo indo bem, de verdade. O High School não é mais tão difícil e assustador, entrei de férias essa semana e também parei meu curso de inglês recentemente. Parei porque não estava adiantando muito, eu chegava muito tarde em casa e aprendia coisas que eu já tinha aprendido há muito tempo. Outra coisa é que eu deixei de ir tão bem, ou, pelo menos, gostar tanto de português. Talvez pela mudança de professores, ou pelo conteúdo. Estou voltando a gostar aos poucos, mas admito que esse ano eu tenho visto o mundo girar constantemente. Me vi gabaritando história e indo abaixo da média em português. Eu costumava pensar que estava t